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Nasci em Minas de S. Domingos, uma pequena aldeia do Baixo Alentejo, no dia 19 de Maio de 1955. As minhas raízes são fortemente alentejanas. Cedo se revelou o meu gosto pela escrita. Comecei por escrever histórias, versos, poemas curtos mas longos no sentimento. Aos poucos foram crescendo, ganhando alma, criando à minha volta desejos, desnudando sentimentos onde encontrei muito para chorar. Quando escrever se tornou para mim uma dependência compreendi que era através da escrita que encontrava sossego sempre que sopros grosseiros de desordem invadiam a minha vida. Escrever é para mim um enorme prazer mas é também preocupação e responsabilidade: Preocupação como forma de disciplina, responsabilidade como contrapartida de uma vida livre. Escrevo pondo de lado todos os medos, e desfruto desse acto criativo, inventando, porque a literatura é uma invenção. Com frequência os meus livros nascem de ideias abstractas que vão ganhando forma à medida que as personagens se vão dispondo e arrumando sem conflituosidade. Escrevo com o coração, reescrevo com a cabeça e, por fim, dou-lhe alma.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

FAMÍLIA INGLESA E O PASTOR PROTESTANTE

“Certa ocasião uma família britânica foi passar férias na Alemanha. No decorrer de certo passeio, os membros da referida família repararam numa pequena casa de campo, que lhes pareceu óptima para as próximas férias de verão. Conversaram com o proprietário, um pastor protestante e pediram-lhe que lhes mostrasse a casa. A residência agradou muito aos visitantes ingleses que combinaram ficar com ela para o verão vindouro. Regressados a Inglaterra, discutiram muito sobre a planta da casa quando de repente a senhora se lembrou de não ter visto o “WC”. Confirmando o senso prático dos ingleses, escreveram ao pastor para obter tal pormenor. A carta foi assim redigida:
«Gentil pastor
Sou membro da família que há tempos o visitou com o fim de alugar a sua propriedade no próximo verão. Mas como esquecemos um detalhe, agradecia que me informasse onde fica o “WC”
O pastor, julgando tratar-se da capela da seita inglesa “White Chapel”, assim respondeu:
«Gentil senhora
Recebi a sua carta e tenho o prazer de lhe comunicar que o local a que se refere fica a 3 kms da casa. Isto é muito cómodo, sobretudo se tem o hábito de lá ir frequentemente. Alguns vão a pé outros de bicicleta. Há lugar para 400 pessoas sentadas e 100 em pé. O ar é condicionado para evitar inconvenientes comuns nas aglomerações. Os assentos são de veludo (recomenda-se chegar cedo para conseguir lugar sentado). As crianças permanecem ao lado dos pais ou adultos e todos cantam em coro. À entrada é fornecida uma folha de papel a cada pessoa, mas se alguém chegar depois da distribuição, pode usar a folha do vizinho ao lado. Tal folha deve ser restituída à saída, para ser usada durante todo o mês. Existem amplificadores de som. Tudo o que se recolher é para as crianças pobres da região. Fotógrafos tiram flagrantes para os jornais da cidade, de modo que todos possam ver seus semelhantes no cumprimento de um dever tão humano»”

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