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Nasci em Minas de S. Domingos, uma pequena aldeia do Baixo Alentejo, no dia 19 de Maio de 1955. As minhas raízes são fortemente alentejanas. Cedo se revelou o meu gosto pela escrita. Comecei por escrever histórias, versos, poemas curtos mas longos no sentimento. Aos poucos foram crescendo, ganhando alma, criando à minha volta desejos, desnudando sentimentos onde encontrei muito para chorar. Quando escrever se tornou para mim uma dependência compreendi que era através da escrita que encontrava sossego sempre que sopros grosseiros de desordem invadiam a minha vida. Escrever é para mim um enorme prazer mas é também preocupação e responsabilidade: Preocupação como forma de disciplina, responsabilidade como contrapartida de uma vida livre. Escrevo pondo de lado todos os medos, e desfruto desse acto criativo, inventando, porque a literatura é uma invenção. Com frequência os meus livros nascem de ideias abstractas que vão ganhando forma à medida que as personagens se vão dispondo e arrumando sem conflituosidade. Escrevo com o coração, reescrevo com a cabeça e, por fim, dou-lhe alma.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

ORAÇÃO

Um amigo é alguém que ouve o que não está a ser dito, sente o que não está a ser sentido, entende o que não é entendível, te abraça à distância, te beija sem tocar o rosto, que de longe te afaga e acarinha, que canta as tuas lágrimas que chora as tuas alegrias, que ama a Deus sem nunca o ter visto, que partilha da tua fé, que ri com as flores, que ouve o rio correr, que lê nos teus olhos e pensamento, que faz os dias vencer, que vai ao teu encontro, mesmo que não te encontre.
E porque sei que esse amigo existe, ajuda-me senhor a entender, que todos os defeitos que ele possa ter, não passem de sonhos desentendidos e sejam portas que se abrem.
Ensina-me Senhor a perdoar, a compreender e a amar, como TU mesmo fizeste com aqueles que te traíram.

2 comentários:

  1. Luis Pedras
    Entre as brumas do desejo, o poema que emana do silêncio,que entra por portas fechadas..., já soam os tambores da noite, os noctívagos emergem do luar, os versos sucedem-se, como águas revoltas nessa ponte sem margens, e um rio nasce do mar, um caleidoscópio efémero, muito mais que uma emoção, muito mais que uma miragem, a espontaneidade de um desejo...o amor! Luís Pedras

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  2. Luis obrigado por partilhares comigo esta maravilhosa peça que saiu da tua alma e do teu coração.
    Só o amor e a amizade são perenes como o sol...

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