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Nasci em Minas de S. Domingos, uma pequena aldeia do Baixo Alentejo, no dia 19 de Maio de 1955. As minhas raízes são fortemente alentejanas. Cedo se revelou o meu gosto pela escrita. Comecei por escrever histórias, versos, poemas curtos mas longos no sentimento. Aos poucos foram crescendo, ganhando alma, criando à minha volta desejos, desnudando sentimentos onde encontrei muito para chorar. Quando escrever se tornou para mim uma dependência compreendi que era através da escrita que encontrava sossego sempre que sopros grosseiros de desordem invadiam a minha vida. Escrever é para mim um enorme prazer mas é também preocupação e responsabilidade: Preocupação como forma de disciplina, responsabilidade como contrapartida de uma vida livre. Escrevo pondo de lado todos os medos, e desfruto desse acto criativo, inventando, porque a literatura é uma invenção. Com frequência os meus livros nascem de ideias abstractas que vão ganhando forma à medida que as personagens se vão dispondo e arrumando sem conflituosidade. Escrevo com o coração, reescrevo com a cabeça e, por fim, dou-lhe alma.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

PENSAMENTO DO DIA

Separaram-nos,
Sem saberem o mal que nos faziam...
Não perguntaram o que nos dizia o mar
Nem o que nos segredava o vento.
Perturbaram nossos sonhos...
Teu espelho eram os meus quadros,
Os teus quadros eram os meus,
Horizontes de memória a fugir
Num freixo de saudade,
De complexa hostilidade,
Onde a beleza se perdeu...

poema in: NO DORSO DO VENTO

2 comentários:

  1. A tua alma de poeta aqui espelhada,dando mais valia ao texto, numa simbiose de atributos qual deles o mais interessante ao serviço da arte, produzidos com amor por uma "operária das palavras"

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  2. És poeta...escritora, amiga e tudo o que queiras.
    És a minha grande amiga Alice Ruivo.

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