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Nasci em Minas de S. Domingos, uma pequena aldeia do Baixo Alentejo, no dia 19 de Maio de 1955. As minhas raízes são fortemente alentejanas. Cedo se revelou o meu gosto pela escrita. Comecei por escrever histórias, versos, poemas curtos mas longos no sentimento. Aos poucos foram crescendo, ganhando alma, criando à minha volta desejos, desnudando sentimentos onde encontrei muito para chorar. Quando escrever se tornou para mim uma dependência compreendi que era através da escrita que encontrava sossego sempre que sopros grosseiros de desordem invadiam a minha vida. Escrever é para mim um enorme prazer mas é também preocupação e responsabilidade: Preocupação como forma de disciplina, responsabilidade como contrapartida de uma vida livre. Escrevo pondo de lado todos os medos, e desfruto desse acto criativo, inventando, porque a literatura é uma invenção. Com frequência os meus livros nascem de ideias abstractas que vão ganhando forma à medida que as personagens se vão dispondo e arrumando sem conflituosidade. Escrevo com o coração, reescrevo com a cabeça e, por fim, dou-lhe alma.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

ANSIEDADE

Sob a crosta da terra, havia um muro que separava  o Homem de outros Homens  e a Terra de outras Terras. A luz não penetrava e os homens eram curvados ao peso de uma força que os oprimia.
Mas os  homens saíram, tocaram coisas e seres que sentiram.
Agora, tudo os une: A terra e o Céu.
Encontraram livros para ler e lutas por decidir. Retomaram a esquecida força e com ela fundiram pedras e metais. E com os  clarões que viriam a ser dia, deferiram a música revolta elevando, aos céus, a POESIA.

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