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Nasci em Minas de S. Domingos, uma pequena aldeia do Baixo Alentejo, no dia 19 de Maio de 1955. As minhas raízes são fortemente alentejanas. Cedo se revelou o meu gosto pela escrita. Comecei por escrever histórias, versos, poemas curtos mas longos no sentimento. Aos poucos foram crescendo, ganhando alma, criando à minha volta desejos, desnudando sentimentos onde encontrei muito para chorar. Quando escrever se tornou para mim uma dependência compreendi que era através da escrita que encontrava sossego sempre que sopros grosseiros de desordem invadiam a minha vida. Escrever é para mim um enorme prazer mas é também preocupação e responsabilidade: Preocupação como forma de disciplina, responsabilidade como contrapartida de uma vida livre. Escrevo pondo de lado todos os medos, e desfruto desse acto criativo, inventando, porque a literatura é uma invenção. Com frequência os meus livros nascem de ideias abstractas que vão ganhando forma à medida que as personagens se vão dispondo e arrumando sem conflituosidade. Escrevo com o coração, reescrevo com a cabeça e, por fim, dou-lhe alma.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

SEM MEDO

Escrevo, pondo de lado todos os medos, e desfruto desse acto criativo, inventando, porque a literatura é uma invenção.
Faço-o sem limites, para que a imaginação possa fluir em liberdade, porque quando estamos limitados, a imaginação não flui: só pensando livremente, podemos ser pensadamente livres.
Os meus livros nascem sempre de uma ideia abstracta que vai ganhando forma à medida que as personagens se vão dispondo e arrumando para mim, sem conflituosidade.
Escrever, é a única maneira de me acomodar, com delicia, às coisas humildes. A única maneira de dizer o que penso, ser sincera comigo mesma. Tento encontrar na escrita, as respostas para as perguntas que a vida me faz.
Ainda que, quando julgamos ter todas as respostas, eis que vem a vida e nos troca as perguntas.
Ainda assim, é um bom desafio...

sábado, 22 de janeiro de 2011

APRESENTAÇÃO DO LIVRO NO DORSO DO VENTO ELVAS

 Agradecimentos

À CAMARA MUNICIPAL DE ELVAS, que tão gentilmente me cedeu a sala Polivalente da Biblioteca Municipal de Elvas, agora restaurada, colocando-a á minha disposição.
À Sra.Dra. Tânia Rico, pelo apoio logístico, bem como toda a disponibilidade manifestada, para realização do evento.
Ao meu amigo Manuel Dores, que teve a seu cargo a apresentação da obra.
À Joana Leal, ilustre artesã desta magnífica cidade, que decorou a sala, tornando-a ainda mais acolhedora.
E por fim, mas não menos importante, a todos os que me honraram com a sua presença. Sem vocês, este evento não seria possível.
Obrigado a todos 












domingo, 16 de janeiro de 2011

ELVAS. APRESENTAÇÃO DO LIVRO " NO DORSO DO VENTO"

Caros amigos

Tenho o prazer de informar e convidar, mais uma vez, os meus amigos para a apresentação do meu último livro, "NO DORSO DO VENTO" que se realiza em Elvas, na BIBLIOTECA MUNICIPAL desta cidade.
O evento está marcado para dia 20 de Janeiro, (5ª. feira), pelas 18 horas.
Honrem-me com a vossa presença. O convite é extensivo a todos os amigos e familiares.

Um grande abraço
Alice Ruivo

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

DO QUE NÃO GOSTO?

Não gosto de coisas complicadas, nem de senhores ricos e poderosos
Não gosto de lágrimas sem sal, nem de risos misteriosos
Não gosto de alegria fantasiada, nem da cor do fato do noivo
Não gosto da bruxa malvada, nem do pai impiedoso
Não gosto da ostentação, nem da falsa amizade
Não gosto do amor cego, nem do ciume em tempestade
Não gosto do vermelho, cor de sangue, nem da sombra que me ilude
Não gosto de gente fria, insensível e rude.

ALENTEJO, MEU AMOR

Dentro de ti nasci  Alentejo da m'alma
de planícies e casas brancas, sol escaldante e gente calma
Em ti, tudo me encanta, terra onde fui criada
de criança me fizeste mulher e em mulher por ti sou amada.
Não me peçam que te esqueça pois amar-te não é um fardo.
Tu dás, nada recebes, és um amante conformado.
Dentro de ti morrerei e meu corpo te entrego
por entre planícies e casa brancas,
encontrarei o meu sossego.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A BELEZA DE UM SORRISO

Ao encontrar-te, sorri. Há muito que o não fazia. Perdida entre lamentos e lutas, entre tristezas e angustias, minha alma já chorava e meu coração lamentava a ausência dum sorriso.
Havia uma criança em mim, uma mulher por encontrar, um sonho por realizar e os dias por vencer.
Contigo, venci os dias, reencontrei a paz e a calmaria e a beleza de um sorriso que há muito andava perdido. Foi contigo a meu lado que entendi que sem sorriso não há alegria nem beleza. Ele afugenta a tristeza e devolve-nos o sentir.
Ao encontrar-te, sorri, porque por fim entendi, na tua força e no teu amor, as razões para sorrir.

FAMÍLIA INGLESA E O PASTOR PROTESTANTE

“Certa ocasião uma família britânica foi passar férias na Alemanha. No decorrer de certo passeio, os membros da referida família repararam numa pequena casa de campo, que lhes pareceu óptima para as próximas férias de verão. Conversaram com o proprietário, um pastor protestante e pediram-lhe que lhes mostrasse a casa. A residência agradou muito aos visitantes ingleses que combinaram ficar com ela para o verão vindouro. Regressados a Inglaterra, discutiram muito sobre a planta da casa quando de repente a senhora se lembrou de não ter visto o “WC”. Confirmando o senso prático dos ingleses, escreveram ao pastor para obter tal pormenor. A carta foi assim redigida:
«Gentil pastor
Sou membro da família que há tempos o visitou com o fim de alugar a sua propriedade no próximo verão. Mas como esquecemos um detalhe, agradecia que me informasse onde fica o “WC”
O pastor, julgando tratar-se da capela da seita inglesa “White Chapel”, assim respondeu:
«Gentil senhora
Recebi a sua carta e tenho o prazer de lhe comunicar que o local a que se refere fica a 3 kms da casa. Isto é muito cómodo, sobretudo se tem o hábito de lá ir frequentemente. Alguns vão a pé outros de bicicleta. Há lugar para 400 pessoas sentadas e 100 em pé. O ar é condicionado para evitar inconvenientes comuns nas aglomerações. Os assentos são de veludo (recomenda-se chegar cedo para conseguir lugar sentado). As crianças permanecem ao lado dos pais ou adultos e todos cantam em coro. À entrada é fornecida uma folha de papel a cada pessoa, mas se alguém chegar depois da distribuição, pode usar a folha do vizinho ao lado. Tal folha deve ser restituída à saída, para ser usada durante todo o mês. Existem amplificadores de som. Tudo o que se recolher é para as crianças pobres da região. Fotógrafos tiram flagrantes para os jornais da cidade, de modo que todos possam ver seus semelhantes no cumprimento de um dever tão humano»”

sábado, 1 de janeiro de 2011

BENFAZEJO AMOR

No sentimento benfazejo, encontro serenidade.
Na serenidade do Universo renascente, encontro paixão.
Na paixão agastante, encontro dias confusos.
Na confusão dos dias, encontro angústias opressoras.
Na angústia do «quase», encontro sonhos por resolver.
Nos sonhos que fomento, encontro felicidade ditosa.
Na felicidade que me move, encontro amores sublimes.
No amor perseverante e confuso, encontro-te a ti.